Pais na escola, isso é possível?

Não só é possível como essencial! Mas depende basicamente do posicionamento da escola.

Se colocarmos uma lupa no modelo tradicional, que é amplamente adotado em nossa cultura, o foco é a transmissão de conteúdo, não incluindo processos mais complexos que se relacionam diretamente com emoções e sentimentos. Bom, então nesse caso torna-se complicado mesmo, porque a essência do aprendizado só ocorre através da experiência e sentimentos envolvidos. Pelo menos é assim que acreditamos na educação, completamente viva! Então quando digo que depende basicamente da escola, digo que se esta visão não está no DNA da instituição, não fará sentido o chamamento dos pais, pois será apenas formalidade ou protocolo.

Vamos focar no que acreditamos, escolas como a Yellow, priorizam um aprendizado baseado nas relações, ou seja, pais presentes física e emocionalmente. Esta participação, dentre outras coisas, traz a identificação da criança com um comportamento cooperativo, aumenta sua segurança e autoestima, assim como a capacidade de fazer amigos e desenvolver relações saudáveis. Escolas inovadoras dão voz às crianças, chamam a comunidade familiar para perto e funcionam como um espaço democrático. A interação contínua da equipe com as famílias também é vital pela busca da resolução de problemas de forma imediata, considerando sempre as causas das adversidades.

É importante pontuar que não só a presença em eventos ou o acompanhamento do dia dia da criança bastam para ser considerado um envolvimento efetivo, é preciso que a escola tenha uma via de receptividade e comunicação que esteja completamente aberta às famílias, de modo que formem uma unidade. Do mesmo modo é essencial que a comunidade dos pais utilize o mesmo formato de diálogo com a escola, formando uma efetiva rede de colaboração.