Turmas de 0 à 3 anos

Cada criança apresenta um ritmo e uma forma própria de colocar-se nos relacionamentos e nas interações, de manifestar emoções e curiosidade, e elabora um modo próprio de agir nas diversas situações que vivencia desde o nascimento.

Grupos de 0 à 3 anos – com esta faixa etária utilizamos uma das metodologias mais inovadoras no desenvolvimento de bebês – Abordagem Pikler

Autonomia
Para a pediatra húngara Emmi Pikler, a conquista autônoma dos movimentos da criança está ligada ao desenvolvimento cognitivo. Um depende do outro: movimentos, relações, sentimentos e cognição, num amadurecimento harmônico da criança por inteiro.

Movimento livre
O movimento enquanto participante da formação da imagem corporal, se constitui na base fundamental do indivíduo. Isso quer dizer que a atividade motora do bebê está diretamente ligada à construção da singularidade da criança e à imagem que ela faz de si mesma. O desenvolvimento motor se produz de modo espontâneo, mediante a atividade autônoma, em função da maturidade orgânica e nervosa. Assim como o movimento livre o brincar livre proporciona o desenvolvimento motor, cognitivo e a autonomia. Como afirma Piaget, a assimilação sensório-motora conduz a uma certa lógica que organiza o mundo real, estruturando categorias de ações que embasam as futuras operações do pensamento.

 

Vínculo
A construção do vínculo entre bebê e educadora se estabelece através dos cuidados diários, no banho, na troca de fraldas, na alimentação e na preparação para o sono. Nestes momentos a educadora tem um encontro singular e sem pressa com o bebê, conversa com ele olhando em seus olhos, informa sobre cada uma das atividades que irá realizar convidando-o a participar de maneira ativa. A educadora estimula a reciprocidade ao pedir desde muito cedo a colaboração da criança nas atividades dos cuidados cotidianos. A criança se torna protagonista da ação. Em muitas situações, o sentimento de competência da criança é bloqueado pelo adulto. Sob o pretexto de ajudá-la ou estimulá-la, ele priva a criança de finalizar a ação que ela começou.

Construção do ambiente

A forma como permitimos que as crianças atuem nos ambientes preparados por nós, adultos, implica na forma como estão construindo suas competências. Assim, o adulto precisa construir um ambiente positivo para que os bebês se desenvolvam.
Cabe ao educador a tarefa de organizar o espaço destinado ao brincar, para que este seja ao mesmo tempo seguro, instigante, e que contenha brinquedos adequados a cada faixa etária, além de acompanhar as crianças o tempo todo, sem no entanto interromper a pesquisa das crianças para propor outras formas de exploração dos brinquedos.

 

“Enquanto aprende a contorcer o abdômen, rolar, rastejar, sentar, ficar de pé e andar, (o bebê) não apenas está aprendendo aqueles movimentos como também o seu modo de aprendizado. Ele aprende a fazer algo por si próprio, aprende a ser interessado, a tentar, a experimentar. Ele aprende a superar dificuldades. Ele passa a conhecer a alegria e a satisfação derivadas desse sucesso, o resultado de sua paciência e persistência.”
O que o seu bebê já consegue fazer?  (What can your baby do already?), Emmi Pilker, Hungria / 1940